terça-feira, 2 de junho de 2020

Beatriz Pinheiro (1972-1922)



Beatriz Paes Pinheiro de Lemos (1972-1922)


Pertenceu a vários grupos que no início do século XX lutaram pelos direitos das mulheres, tendo colaborado com um dos mais importantes órgãos de divulgação feminista, o Alma Feminina. Fundou em conjunto com o seu marido um periódico no qual também eram divulgados esses ideais, a Ave Azul, revista de arte e crítica que dedicou inúmeros artigos à situação das mulheres.
Esta «escritora, professora republicana, feminista, pacifista» veio «da pequena burguesia duma cidade de província, nasceu em Viseu, na rua da Senhora da Piedade, a 29 de Outubro de 1871. Filha de Joaquim António Pinheiro, natural de Elvas e funcionário dos correios, e de Antónia da Conceição Pais, de Paços de Silgueiros, um lugar daquele concelho,teve acesso a uma educação formal, frequentando, segundo as suas palavras, o ensino primário e liceal. Se o fim do liceu e, mais tarde, o diploma em Ciências e Letras, a conduziu à docência, o gosto pela escrita levou-a, ainda estudante, a colaborar na revista académica Mocidade, fundada pelo seu futuro marido, Carlos de Lemos, então aluno do Liceu de Viseu e no qual, anos mais tarde foi professor. Os dois criaram e dirigiram a revista Ave Azul que se manteve ativa durante dois anos: 1899-1900.»

O seu activismo levou-a a pertencer à «Liga Portuguesa da Paz (...). Pertenceu, ainda, ao Grupo Português de Estudos Femininos, à Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e à Associação de Propaganda Feminista. Em Lisboa, a 16 de Novembro de 1915, foi iniciada na Loja maçónica «Fiat Lux». No ano seguinte, com o nome simbólico de "Clemence Roger", integrou o quadro da Loja Carolina Ângelo, que abandonou em Janeiro de 1920.»


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